INTRODUÇÃO
Todo ano em São Paulo entre Abril e Maio ocorre a Virada Cultural que é organizada pela Secretaria Municipal de Cultura. Ir para um evento desse tipo exige paciência, pois desde o transporte público até o próprio evento existem para nossa alegria aporrinhações de diversos tipos antes de chegar finalmente no momento de lazer se é tem algum né. Vejamos como me saí indo ao inferno diante destas situações.
CAPÍTULO 1
OS DESPRAZERES DA IDA.
SOBRE ATAQUE DO FUNK, NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO
Ah, o maravilhoso trasnporte público de São Paulo é capaz de render momentos super felizes para um cidadão. Peguei a confortável lotação Jabaquara e logo de cara o primeiro tormento, acredito que tinha nada menos do que uns 10 garotos pivivetes com idades entre 13 e 15 anos ouvindo funk e se achando os malandros da lotação. Desgraça porque não levei meus fones de ouvido…..felizmente eles desceram na metade do caminho e pude chegar são e salvo ao metrô.
Dia de grandes eventos o metrô abre um portal que leva ao Acre para seres de outras dimensões, um bando gente esquisita, cachaceiros, maloqueiros, demônios, mutantes, gnomos, trolls etc…e o pior é que todos eles escutam funk super alto. O segundo tormento foi ouvir mais funk até a estação Ana Rosa, então resolvi descer e fazer baldiação para a linha verde. Quando entrei no metrô da linha verde….Oh não! O terceiro tormento Funk funk e funk, essa praga está por toda cidade, parecia mais a Virada Funk, meus ouvidos já estavam derretento com tanta porcaria e assim foi até a estação Consolação, imaginando que mais funk me aguardava na linha amarela resolvi sair do metrô e caminhar até o Sesc Consolação.
CAPÍTULO 2
SHOWS E MUITO ROCK IN ROLL
AUTORAMAS
Depois uma caminhada média cheguei ao Sesc Consolação com muita sede de rock in roll, eram 23:00 e os shows da noite estavam só começando, parecia que tudo ia ser normal, mas contra-tempos ainda estavam por vir. Virada Cultural naturalmente o Sesc só podia estar vazio cheio, caminhei até o balcão de informações e perguntei onde era o show do Autoramas, me explicaram que era necessário pegar um taxi e voltar para casa o ingresso no teatro e depois ir no segundo andar para ver o show. Tudo normal certo? Errado! Eu fui até o teatro do Sesc e havia uma fila em frente aos guichês, bom vejam o dialogo que rolou:
o/ Eu – Oi vocês estão na fila para pegar ingresso para o Autoramas?
@_@ Sujeito Leso – Sim, estamos aguardando alguém desistir para poder entrar.
15 minutos depois….
ç_ç Eu (preocupado) – Droga assim o show vai acabar e nós vamos ficar na fila.
@_@ Sujeito Leso – Hã você vai no show do segundo andar?
õ_O Eu – Sim!
@_@ Sujeito Leso – Rsrsrsr essa fila é pra ver a peça de teatro.
@_@ Sujeito Leso – Para ver o show é só ir direto no guichê e pegar o ingresso.
¬¬ Eu – Ah é! Obrigado!
¬¬ Eu (pensando) – Mas que filho da p@#$%*%#@, leso desgracento!
Depois do tempo que o imbecíl, @#$%*%#@ Sr. Leso me fez perder eu finalmente conseguir subir e assistir o rock in roll alternativo da banda Autoramas com sua mistura de Punk, Surf Music, New Wave e Jovem Guarda. O show não estava tão cheio, mas pelo menos quem estava lá realmente curtia o som e cantava as músicas do álbum novo chamado “Música Crocante”!!!! O show foi muito bom, a performance da banda em palco é cheia de energia interpretações e danças, o encerramento do show foi feito com o clássico “Fale Mal de Mim” que ficou ótimo ao vivo.
STAR 61 / MESSIAS ELÉTRICO
Acabado o Autoramas era aproximadamente 00:20, o próximo show da lista era o da banda Messias Elétrico no palco Baratos Afins, só que este ia começar somente as 02:00 eu desisti de ver o show não estava com o catálogo dos shows, por causa disso minhas opções se limitram, eu poderia ir direto ao palco Baratos Afins ou ficar escutando música mexicana lá no Sesc e eu fiquei no Sesc. Ah não, sem essa de música mexicana, eu resolvi sair e desbravar a o centro e ver se encontrava o caminho do Acre algo de bom, fiz uma parada para um lanche rápido próximo a estação Anhagabaú, gastei R$ 8,00 por um pastel e um caldo de cana, em São Paulo é assim ou você se é assaltado por meliantes ou por comércio ambulante. Era 01:10 quando cheguei no Acre palco Baratos Afins na Av. Ipiranga ainda assisti um pouco do show do Exaltasamba da banda Star 61 com uma sonoridade lembrando um Punk mais clássico e um volcalista muito excêntrico, a ultima música tocada pela banda acredito que o nome seja “Abro Porta Nua”, não há muito o que possa falar pois não assisti nem metade do show, porém eu gostei da performance da banda e das poucas músicas que ouvi.
Enquanto aguardava o show da banda Messias Elétrico reparei que não queria mais assistir e fui embora que tinha uma garotada trolando a banda antes mesmo de conhecer o som e ainda reclamavam que estavam ali no frio. Quando deu 01:40 a banda subiu ao palco, porém a mesma garota que reclamava do frio não estava nem aí para show e sentaram UI em roda para jogar Tazo usando o facebook nos celulares, não entendi o que eles queriam lá na virada cultural (deviam ir para casa comer mingau), também havia uma outra galera que reclamou da banda antes de começar o show falaram que o teclado era zuado e tal…mas esta mesma galera curtiu muito bem o som quando o show começou. Havia algmas pessoas que eu conversei durante o show um sujeito que realmete sabia apreciar um som alternativo, um bebado e outro sujeito que só falava no show do Iron Butterfly.
Messias Elétrico começou bem, só que depois de algumas músicas apareceram alguns problemas técnicos, porém nada que comprometesse o show. Todas as músicas do primeiro álbum estavam lá mas o destaque como era de se esperar foi a música “The Last Groove” que apesar de um problema de som conseguiu levantar o pessoal que lá assistia o show, tocaram músicas inéditas também que por sinal tem a qualidade tão boa quanto as do primeiro álbum, eu particularmente gostei de ouvir a música “Meu Bem” excelente cover da banda Mopho que tem um ótimo som de teclado. Ao termino do show ainda tive o privilégio de conversar com a banda que desceu no meio do público para divulgar o álbum.
GOLPE DE ESTADO
Este foi um show que me supreendeu, porque sinceramente eu não esperava que Golpe de Estado fosse reunir tantas pessoas, eu não tinha noção da grandeza da banda e de seu legado como banda de hard rock brasileira. O que me chamou a atenção é que a multidão cantava as músicas com muito entusiasmo desde as letras mais romanticas até as letras de protesto cheias de atitude. Durante o show as músicas que mais empolgaram a multidão foram “Nem Polícia Nem Bandido”, “Noite de Balada” , “Caso Sério” e “Não é Hora” ao final do show fiquei satisfeito por ter prestigiado mais um show de uma grande banda e ainda com direito a solo de bateria.
CAPÍTULO 3
VOLTA PARA CASA
Quase 6 horas da manhã e os shows iam continuar, mas eu não…esgotado, cansado não dava mais para ficar no centro da cidade, tinha que voltar e dormir afinal ainda tinha que vadiar mais tarde que trabalhar a noite. Eu pretendia dormir na rua mesmo voltar de trem então fui a para estação Anhagabaú que estava explodindo de lotada então desisti desta estação, logo tentei outras estações, mas o problema é como eu disse lá no começo post, dia de grandes eventos o metrô abre um portal que leva ao Acre para seres de outras dimensões, um bando gente esquisita, cachaceiros, maloqueiros, demônios, mutantes, gnomos, trolls etc…então muitos dessas criaturas já estavam voltando para suas dimensões por isso tanto alarde. Tive que ir até a estação Liberdade para poder pegar o metrô e viajar confortavelmente como uma sardinha e espumar pela boca, a situação se repetiu na linha amarela e ainda teve bonus mais um pouco de funk…ah, porque não levei meus fones para ouvir música no celular, felizmente na CPTM tudo melhorou as criaturas sumiram e volta para casa ficou tranquila e não tive mais problemas até chegar em casa.
Contras:
Funk na lotação
Funk no metrô
Alias funk em qualquer situação
Sr. Leso
Prós:
Show do Autoramas
Show do Messias Elétrico
Show do Golpe de Estado + solo de bateria
Noite de Rock in Roll
VEREDITO FINAL:
Vale a pena sim ir na Virada Cultural desde você estaja preparado e tenha tempo livre para enfrentar e o transporte público de São Paulo pois foi justamente a parte que mais causou encheção de saco.
Entre cachaceiros, maloqueiros,mutantes e outros, aguentar funk é de longe o pior…aff!
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